Por meio de uma parceria entre a Fundação Bienal de São Paulo e o Governo do Estado do Espírito Santo, por meio das Secretarias da Cultura e do Governo, Vitória receberá uma seleção especial da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível em dois locais diferentes: o Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES) e o Espaço Cultural Palácio Anchieta. Durante a abertura do evento, no próximo dia 28 de agosto, o Espaço Cultural Palácio Anchieta também recebe uma apresentação do Vale Música, eixo de programas autorais que integra o Instituto Cultural Vale.
Com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, a mostra estará em exibição na capital capixaba de 29 de agosto a 3 de novembro, com entrada gratuita. A cidade receberá a 11ª parada do programa de mostras itinerantes desta edição da Bienal e conta com 15 participações artísticas, sendo quatro no MAES e 11 no Espaço Cultural Palácio Anchieta.
A parte central do Espaço Cultural Palácio Anchieta será preenchida pela obra Montando a história da vida (2023), comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 35ª Bienal, da artista capixaba Castiel Vitorino Brasileiro. A grande instalação é composta de terra preta, barco pesqueiro, alguidares, toras de eucalipto, chapa de compensado, aço corten e quatro pinturas a óleo sobre linho e terá uma nova montagem específica para o local.
Outra artista nativa da cidade, Rubiane Maia, realizará a performance A língua sempre se dobra diante do inquestionável ou maldito, Livro-Performance, capítulo VI (2018-2024) no dia 30 de agosto, às 17h, no MAES, com entrada gratuita. A obra foi comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 35ª Bienal e correalizada com o Sesc. Na performance, a artista organiza uma série de ações pensadas em resposta a textos autobiográficos, particularmente influenciados por memórias transgeracionais traumáticas ligadas a questões de gênero e raça.
A 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível explora as complexidades e urgências do mundo contemporâneo ao abordar transformações sociais, políticas e culturais. A curadoria busca tensionar os espaços entre o possível e o impossível, o visível e o invisível, o real e o imaginário, dando voz a diversas questões e perspectivas de maneira poética. A coreografia, entendida como um conjunto de movimentos centrados no corpo que desafia limites, considera diversas trajetórias e áreas de atuação, o que cria estratégias para enfrentar desafios institucionais e curatoriais. Com suas próprias relações, tempos e espaços, as coreografias do impossível oferecem uma experiência marcante aos visitantes.
O governador do Estado, Renato Casagrande, falou sobre a exposição: “Sempre digo que a cultura forma a personalidade de uma pessoa, de um Estado. É por meio da cultura que demonstramos a personalidade do capixaba. E ter grandes eventos e exposições no Espírito Santo faz parte desse processo de formação cultural. Receber a Bienal de São Paulo é uma forma de extrapolar os muros de um dos maiores eventos culturais do país, trazer ao capixaba um pouco daquilo que o mundo todo vai à capital paulista para conhecer. O Governo do Estado tem trabalhado intensamente no fortalecimento da cultura no Espírito Santo, gerando oportunidades a quem vive da cultura e também a quem a consome.”
A presidente da Fundação Bienal de São Paulo, Andrea Pinheiro, falou da importância da presença da mostra no Espírito Santo. “É a segunda vez que trazemos a Bienal de São Paulo ao Espaço Cultural Palácio Anchieta, e a primeira ao MAES, por meio dessa tão importante parceria com o Governo do Estado do Espírito Santo. O programa de mostras itinerantes da Bienal de São Paulo, que teve início em 2011, segue levando obras de nível internacional a todas as regiões do Brasil, incluindo cidades fora do eixo Rio-São Paulo, contribuindo para ampliar o alcance da mostra paulistana e para a democratização do acesso à cultura em nível nacional”, pontuou.
A abertura da itinerância da 35ª Bienal de São Paulo em Vitória, no dia 29 de agosto, acontece a partir das 17h no Museu de Arte do Espírito Santo (MAES) e a partir das 19h no Espaço Cultural Palácio Anchieta.
Ações da Fundação Bienal de São Paulo
Durante as itinerâncias, a Fundação Bienal de São Paulo, em conjunto com as instituições parceiras, realiza duas frentes de trabalho educativo que se complementam. São elas as ações de formação com as equipes de mediadores e educadores da cidade, e ações de difusão para o público interessado geral.
Nos dias 28 e 29 de agosto, a equipe de educação da Bienal propõe conversas e partilhas sobre os três movimentos da publicação educativa. A publicação educativa das coreografias do impossível foi dividida em três movimentos diferentes — ou volumes — com conteúdos voltados para as ações de mediação e difusão. O terceiro movimento, preparado especialmente para o programa de mostras itinerantes, foi produzido com base nas práticas realizadas ao longo da exposição no Pavilhão e é distribuído de forma gratuita para os participantes das ações.
O encontro é atravessado pelo pensamento da poeta, dramaturga e professora Leda Maria Martins, da artista Rosana Paulino, da curadora e pesquisadora Sandra Benites e de Regina Aparecida Pereira e Cíntia Aparecida Delgado, lideranças do Quilombo Cafundó. Os encontros com a publicação educativa acontecem no dia 28, das 10h às 12h, no Espaço Cultural Palácio Anchieta e no dia seguinte, no mesmo horário, no MAES.
No dia 29 de agosto, durante a abertura da exposição, a equipe de educação da Bienal conduzirá visitas mediadas presenciais, com duração de duas horas. Essa visita convida o público a um percurso pela mostra itinerante no MAES e no Espaço Cultural Palácio Anchieta. No dia seguinte, 30 de agosto, também haverá visitas mediadas nos dois espaços, às 10h no MAES, e às 15h no Espaço Cultural Palácio Anchieta. Todas as atividades têm entrada gratuita.
Essas iniciativas visam criar um ambiente de aprendizado colaborativo e dinâmico, proporcionando experiências enriquecedoras para professores, educadores, mediadores e interessados em arte. Com um foco na interação com o público e na disseminação da arte contemporânea, o programa busca fortalecer os laços entre instituições culturais e contribuir para uma sociedade mais inclusiva.
35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível
Itinerância Vitória – MAES e Espaço Cultural Palácio Anchieta
Curadoria: Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel
entrada gratuita
Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES)
Abertura: 28/08 (quinta-feira), das 17h – 20h
Visitação: 29/08 – 03/11
– De terças a sextas-feiras: 10h – 18h
– Sábados, domingos e feriados, 10h – 16h
Local: Avenida Jerônimo Monteiro, 631, Centro
Vitória, ES
Espaço Cultural Palácio Anchieta
Abertura: 28/08 (quinta-feira), 18h – 22h
Visitação: 29/08 – 03/11 de 2024
– De terças a sextas-feiras, 9h – 17h
– Sábados, domingos e feriados, 9h – 16h
Local: Praça João Clímaco, s/n, Cidade Alta
Vitória, ES
Informações de Governo do ES